sábado, 26 de julho de 2014

Opinião: "O segredo dos Médicis" - Michael White






SINOPSE
Na cripta da Capela dos Médicis, em Florença, a paleopatologista Edie Granger e o seu tio, Carlim Mackenzie, estão a examinar os despojos mumificados de uma das famílias mais poderosas da Itália do Renascimento.
Os embalsamadores fizeram bem o seu trabalho em termos de aspecto exterior. Mas, debaixo da pele quebradiça, os órgãos encolheram até uma fracção do seu tamanho original, o que significa que é difícil recolher uma amostra utilizável de ADN. Tanto Edie como Mackenzie têm sérias dúvidas quanto à verdadeira identidade de pelo menos dois dos corpos com quinhentos anos. E ninguém consegue explicar a presença de um objecto estranho descoberto alojado junto à coluna vertebral de Cosimo de Médicis. Para Carlim Mackenzie esta é a mais fascinante e a mais perigosa descoberta da sua vida. Para Edie, é o começo de uma procura obsessiva e que põe em risco a sua vida.
Com todas as peripécias espectaculares que fizeram de Equinócio o grande êxito internacional que foi, O Segredo dos Médicis mistura passado e presente, pistas crípticas e uma ameaça constante para dar origem a um romance policial que não deixa de nos prender em momento algum. 

 OPINIÃO
 Factos históricos e ficção misturados num livro cheio de mistério.
O autor utiliza personagens reais e integra-as num espaço imaginário tornando este livro uma leitura bastante interessante.

Para quem, como eu, é apreciadora de romance histórico e dos mistérios dos Médicis, este é sem dúvida uma leitura que não deve ser dispensada, num livro muito bem escrito e de leitura intensa.

Opinião: "O milionário de Lisboa" - José Norton


 SINOPSE
O Milionário de Lisboa é a biografia romanceada de um homem que a história parece ter esquecido. Lembrá-lo é, por isso, um acto de justiça já que o seu nome é incontornável quando se fala da cultura nacional, nomeadamente no teatro lírico. Uma história repleta de emoção e mistério, que tem como pano de fundo as grandes mudanças políticas da primeira metade do século XIX e uma sociedade portuguesa que já nessa época se debatia com muitos dos problemas que ainda hoje a afectam: a crise económica, a opacidade nos grandes negócios, a hipocrisia e incapacidade da justiça, e, a mediocridade da política.
Também é uma história feita de grandes amores e paixões, beleza, ostentação, prazeres e traição que conta com um final inesperadamente dramático, ao estilo das melhores óperas do século XIX.

OPINIÃO
Se olhar para este livro do ponto de vista histórico, direi que é uma excelente lição! Setembristas, liberais, patuleia tantas e tantas referencias a uma época conturbada do nosso país. Mas como romance... É informação a mais!

Ficamos a saber que Quintela foi um grande patrono das artes, que se envolveu em vários porojectos artisticos e contribuiu para que Portugal recebesse artistas estrangeiros, mas muito do resto que este livro nos conta é desnecessario e acaba por se tornar numa leitura maçadora.

Há que notar no entanto que o autor teve um trabalho de investigação profundo, isso aleado a uma boa escrita, que apesar de tudo é de facil compreensão, não torna a leitura completamente negativa.

Opinião: "Um cavaleiro de reputação duvidosa" - Julia Justiss

Um cavaleiro de reputação duvidosaUm cavaleiro de reputação duvidosa by Julia Justiss



Não há grande coisa a dizer dos livros Harlequin... As estórias são semelhantes, personagens tipo para praticamente todos os livros.
Estes romances servem para uma pausa entre livros sérios.

De notar que neste livro não notei os tipicos erros a que já me habituei nos livros Harlequin.


Opinião: "A casa negra" - Peter May





SINOPSE
A Ilha de Lewis é o local mais desolador e austeramente belo de toda a Escócia. A rigidez da rotina diária apenas é mitigada pelo temor a Deus. Quando um assassinato sangrento cometido na ilha revela marcas semelhantes a um caso de Edimburgo, o detetive da polícia Fin Macleod é enviado para norte, para o investigar. Todos os anos, doze homens da ilha, alguns dos quais amigos de infância de Fin, partem para um remoto e traiçoeiro rochedo chamado An Sgeir, numa perigosa epopeia para caçarem as crias de uma ave marinha local. Este é, acima de tudo, um ritual de passagem que é ferozmente defendido contra todos os pressupostos da moralidade moderna. Mas, para Fin, a caça encerra memórias dolorosas, que podem, mesmo tanto tempo depois, exigir um enorme sacrifício. A Casa Negra é um thriller com um poder e uma visão raros. É um mistério criminal que explora as sombras das nossas almas, num local onde o passado está sempre perto da superfície e a vida mistura os mitos e a História.

OPINIÃO
Apesar de esperar mais acção, não posso de todo dizer que este é um mau livro ou maçador. É verdade que tantas referencias a pássaros e a violência da "caçada" nos deixa um bocadinho hesitantes, mas o desenvolvimento da estória avança relativamente bem.

Angel, um rúfia dos tempos de infância de Fin aparece morto. Um crime semelhante a outro investigado pelo detetive. Com o avançar do livro vamos descobrindo segredos há muito esquecidos e uma vingança que levou muitos anos a ser concretizada.
O que leva Fin de volta à ilha de Lewis são uma sucessão de coisas, entre elas o facto de ter nascido na ilha e de conhecer os seus habitantes, no entanto, nem sempre o que pensamos ter por garantido...

Uma boa leitura, vamos aguardar os restantes livros.

 

domingo, 6 de julho de 2014

Opinião: "A chama ao vento" - Carla M. Soares

SINOPSE:
Um corpo anónimo é lançado à água num misterioso voo noturno sobre o Atlântico…

Vivem-se os anos mais negros da Segunda Guerra Mundial, e a vida brilha com a força e a fragilidade de uma chama ao vento. Na Lisboa de espiões e fugitivos dos anos 40, João Lopes apresenta à sua amiga Carmo um estrangeiro mais velho, homem de segredos e intenções obscuras que depressa a seduz, atraindo os dois jovens para uma teia de mistérios e paixões de consequências imprevistas.
Anos volvidos, Francisco, jornalista, homem inquieto, pouco sabe de si próprio e menos ainda de Carmo, a avó silenciosa que o criou, chama apagada de outros tempos. É João Lopes quem promete trazer-lhe a sua história inesperada, história da família e dos passados perdidos nos tempos revoltos da Segunda Grande Guerra e da Revolução de Abril. Para João, é uma história há muito devida. Para Francisco, o derrubar dos muros que ergueu em torno da memória e da própria vida.
Um retrato íntimo de Portugal em três gerações, pela talentosa escritora de Alma Rebelde.

OPINIÃO:
 Como a Carla quer opiniões honestas, não levará a mal a minha. :)

A favor:
De inicio confesso que me custou um pouco entrar na estória, achei o Francisco enfadonho e irritante! Toda aquela incerteza e falta de confiança...
Mas à medida que o livro avança dei por mim a admirá-lo e a compreendê-lo. A infância longe dos pais e com um avô como Manuel foi o contributo para a sua existência solitária.
Temos neste livro uma época de medos, de repressão, em que o povo português vive na ignorância mais por medo do que por falta de informação. Tudo é censurado pelo Estado e quem ousar questionar tem uma vida perseguida.
Os personagens são consistentes, a época histórica interessante, a escrita é simples e nada entediante. Estes são ingredientes para uma leitura bastante agradável e em nada fatigante.
Gostei muito!

Contras:
Á parte a estória, o livro tem vários erros... É uma pena que uma autora com tanta potencialidade sofra com os erros de formatação/edição da obra.
"“Prefiro não dizer, receio que não me permit a carta não siga, se o fizer.” - este é apenas um exemplo, existem vários. 

No entanto estes pequenos contratempos não me farão desistir desta autora.