Quando Lisboa tremeu por debaixo dos seus pés, D. Teresa de Távora
recordou cada uma das palavras premonitórias que o padre Malagrida lhe
escrevera. Cada grito desesperado que ouvia nas ruas destruídas da
cidade eram a prova de que era ela a causadora de toda aquela desgraça.
Os seus atos pecaminosos. A sua beleza, a sua sensualidade, o adultério
vergonhoso que envolvia a sua relação amorosa com o rei de Portugal…
Depois do sucesso de D. Estefânia, Um trágico amor, Sara Rodi regressa à
escrita para nos contar a extraordinária história de D. Teresa de
Távora a amante do rei D. José I. Narrado na primeira pessoa e baseado
numa minuciosa pesquisa, somos levados a conhecer a vida desta mulher
que viveu no século XVIII. Um século marcado pelo trágico terramoto de
Lisboa, a ascensão ao poder de Sebastião José de Carvalho e Melo, o
Marquês de Pombal, e o sangrento processo dos Távora. Nesse fatídico dia
de 13 de janeiro de 1759, D. Teresa viu morrer no cadafalso o seu
marido Luís Bernardo, o irmão, o sogro, a sogra D. Leonor, cunhados e
sobrinhos. Perdeu o nome Távora, arrancado da toponímia e dos brasões,
manchado pela vergonha para todo o sempre, e perdeu a liberdade por que
tanto havia lutado. D. Teresa de Távora não foi casta. Não praticou
grandes obras. Não foi uma esposa fiel. Foi apenas mulher. E esta é a
sua história.
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